Bem resolvida. Prefiro a roda dos homens nas festas, tomo cerveja, falo besteira, faço palhaçada e assobio com os dedos.
Talvez eu não seja um modelo de mulherzinha delicada. Isso não quer dizer que o meu lado feminino, vaidoso e elegante não prevaleça. Mas sei muito bem o que quero pra mim. Alguém que tenha a ver comigo, que não queira me mudar e goste de mim exatamente assim!
facebook - Sônia Diomelles
Vamos de agenda
galerinha do bem!!!!
Em Marataízes.
Leley do Cavaco Grande celebridade.
Alisson Do Banjo - 27 99938 3381
Este eu recomendo
No meu blog só tem celebridade.
Allan Ylê
É isso aí!!! Só celebridade.
Eu me amo!!!!
Desse jeito!!!
Linda de mais!
Viviane Araújo
Desfilou na
Boa Vista
Vitória Savate
Eu recomendo!
PARABÉNS!!!!!!!!!!!
A todos da MUG
Brilhou bonito.
Salve a Cultura Afro Brasileira
O Samba pede licença!!!!
Um pouco de poesia -
Ode marítima
Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh’alma está com o que vejo menos.
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Como um começar a enjoar, mas no espírito.
Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.
Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.
Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos
Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.
Todo o atracar, todo o largar de navio,
É — sinto-o em mim como o meu sangue —
Inconscientemente simbólico, terrivelmente
Ameaçador de significações metafísicas
Que perturbam em mim quem eu fui…
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
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